Importante!!!!

I Seminário do Paleociência na escola: Itinerância e Aprendizagem acontecerá dia 12/09/2012, a partir das 08:00hs no auditório da DIREC 13 - Jequié Ba.


II Seminário na Direc 13 de Jequié dia 08/11/12

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O caçador de dinossauros O paleontólogo e professor universitário Alexander Kellner ganha R$ 3 mil por mês e é o responsável pela descoberta de um réptil que habitou o nordeste brasileiro há mais de 110 milhões de anos


Vivianne Cohen
André Durão

“Existe muito interesse pelos dinossauros, o que não existe é verba”, diz o pesquisador que descobriu nova espécie de réptil
Faz nove anos que o paleontólogo Alexander Kellner, 38 anos, iniciou sua aventura em busca de fósseis de dinossauros na Bacia do Araripe, no Ceará. No 15º dia de escavações, encontrou uma ossada, hoje identificada como a de um filhote carnívoro, que viveu há 110 milhões de anos no Brasil, recém-batizado de Santanaraptor placidus. Junto com os ossos, foram encontrados músculos, couro e vasos sangüíneos do animal. A descoberta pode fazer os paleontólogos reviverem o sonho do filme Jurassic Park, de Steven Spielberg: a reconstituição do código genético de um dinossauro.
De fascinante, só a descoberta. Depois, foi trabalho duro. Até retirar os ossos de campo, quebrando as rochas que os circundavam, a equipe do paleontólogo levou mais de um mês. No laboratório, foi a vez de removerem a camada de sedimento que cobria os ossos para, em seguida, se debruçarem sobre o microscópio para tentar determinar a espécie de dinossauro que tinham em mãos. Entretanto, o estudo teve que ser paralisado porque Kellner e sua equipe só dispunham de equipamento para analisar os ossos do animal. O tecido foi enviado para os Estados Unidos, mas os paleontólogos americanos também não souberam lidar com o material. “Nunca ninguém tinha se deparado com um exemplar da espécie. O Santanaraptor é único”, conta. Os restos mortais do dinossauro foram devolvidos, então, ao Museu Nacional. Só em 1996 Kellner conseguiu verbas do governo para prosseguir em sua empreitada de analisar a estrutura do animal.
Mas nem só de histórias com final feliz vive o caçador de dinossauros. Numa viagem recente ao deserto do Atacama, o lugar mais seco do mundo, o carro de Kellner quebrou a cerca de 50 quilômetros do lugarejo mais próximo. Para piorar a situação, ele foi surpreendido por uma chuva passageira e rara no deserto. Teve que andar, encharcado, na areia, em busca de ajuda. “A vida de um paleontólogo não tem nada de Indiana Jones”, brinca.
Antes de partir para suas expedições, Kellner abastece sua mochila com alimentos enlatados e macarrão. O ofício o obrigou a aprender a cozinhar. “O que faço melhor é café”, brinca. Dependendo do local da expedição, os banhos são raros. “Aprendemos a conviver com as privações”, diz. “Mas basta encontrar um osso para valer a pena.”
Nos acampamentos, os pesquisadores costumam se revezar nas “tarefas domésticas”, tais como lavar a louça e a roupa. Quando está no Rio, Kellner não descansa. Habitualmente faz cooper na praia de Copacabana em busca de preparo físico para enfrentar as próximas aventuras.
ESCAVAÇÃO COM OS FILHOS Filho de pai alemão e mãe austríaca, o paleontólogo nasceu em Liechtenstein e, aos quatro anos, mudou-se para o Brasil com a família. O gosto por animais pré-históricos surgiu por causa de um desenho animado, os Herculóides, no qual um dos personagens era um dragão. “Quando me perguntam para que estudar os fósseis, eu costumo perguntar: para que saber quem descobriu o Brasil? É simples. Faz parte da História.”
Depois de se formar em Geologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro e fazer mestrado, Kellner foi cursar doutorado na Columbia University, em 1991, num programa que a universidade mantém com o Museu de História Natural. Cinco anos mais tarde, ao regressar ao Brasil, Kellner se naturalizou. Apesar de ter recebido várias propostas boas de emprego por lá, o paleontólogo preferiu trabalhar no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje, ele sobrevive com o salário de R$ 3 mil como professor-adjunto da UFRJ. “Lá, eu seria mais um pesquisador. Aqui, tenho mais chances”, explica.
O trabalho começou dentro de casa. Divorciado e pai de Alexandre, 13 anos, e Guilherme, 11, Kellner levou os filhos há um mês para uma escavação em Minas Gerais. Queria que eles vissem de perto a sua rotina. Mais do que uma aventura, a expedição teve outro objetivo. “Quero que eles aprendam a respeitar e saibam a importância do trabalho do paleontólogo. É isso o que falta no Brasil”, diz. É o que Kellner pretende mostrar com as exposições que monta no Museu Nacional. Uma delas, No Tempo dos Dinossauros, em 1999, foi a mostra científica temporária mais visitada no País, levando 220 mil pessoas ao museu. “Existe muito interesse pelos dinossauros, o que não existe é verba.”

A importância do primeiro contato...



O Projeto Paleociências na escola em parceria com as escolas da rede pública, proporciona uma maior aproximação dos estudantes com a coleção de fósseis existente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ( UESB). Viabilizando de forma didática  o contato desses estudantes com o acervo paleontológico existente em nossa região nordeste. Dessa forma, poderemos  proporcionar uma melhor compreensão da biodiversidade existente em comparação das que habitaram o planeta  a milhões de anos atrás.

O que é um paleontologo?


Um paleontólogo é um cientista que estuda Paleontologia, e deve possuir conhecimentos em Geologia e Biologia que estuda os fósseis para investigar como eram os organismos e os ecossistemas do passado geológico da Terra.
O paleontólogo estuda os fósseis, também, para perceber como estes se formaram e como podem ser usados para a datação relativa dos estratos rochosos em que ocorrem.
Para investigar a vida do passado da Terra e estudar os fósseis necessário conhecer bem a geologia dos locais onde estes ocorrem e a biologia dos organismos que lhes deram origem.
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Dinossauros no Brasil


O número de espécies de Dinossauros do Brasil já totabiliza 14, sendo que o país possui várias regiões caracterizadas pela presença de fósseis desses animais.
A paleontologia vem crescendo gradativamente no Brasil, os profissionais brasileiros na escavação e estudo dos fósseis de dinossauros conquistam cada vez mais respeito no mundo, uma vez que as descobertas feitas no país são de grande relevância. Ainda assim, muito se deve melhorar, pois as condições de financiamento de pesquisas ainda são complicadas e não há profissionais em número suficiente no Brasil para ampliar as conquistas científicas com a mesma rapidez como ocorre nos Estados Unidos.
Os cientistas acreditam que o Brasil tenha abrigado enorme variedade de dinossauros. As pesquisas até o momento mostram que os fósseis descobertos em terras brasileiras estão datados no final do período Triássico ou início do Cretáceo, na Era Mesozóica. Tudo leva a crer que durante o período Jurássico alguma causa, ainda não muito bem compreendida, levou esses animais a se espalharem por outros ambientes do que hoje é a América em busca de melhores condições de sobrevivência. Apenas com o melhoramento das condições, esses animais retornaram.

Pegadas de dinossauro em Sousa-PB
Os primeiros fósseis foram encontrados no Brasil no ano de 1897, eram pegadas fossilizadas localizadas próximas à cidade de Sousa, na Paraíba. Por muito tempo esses registros permaneceram inexplorados, somente em 1920 geólogos identificaram as pegadas como de duas espécies diferentes de dinossauros. Já em 1902, no Rio Grande do Sul, pesquisas foram feitas na paleorrota em Santa Maria que tiveram como resultado a descoberta do primeiro fóssil de réptil terrestre da América do Sul, chamado de Rincossauro. A região se tornou de destaque para paleontólogos do mundo todo. Na década de 1940, Uberaba, em Minas Gerais, e o oeste paulista revelaram-se como regiões importantes para a paleontologia. Esta, contudo, ficou apagada no Brasil por três décadas praticamente, foram os estudos do padre Giuseppe Leonardi sobre os fósseis de Souza que reacenderam as pesquisas no país. A publicação de tal pesquisa fez o sítio paleontológico em Souza ficar conhecido como o Parque dos Dinossauros Brasileiros, o qual é reconhecido como um dos mais importantes no mundo todo.
Já foram encontrados ossos, dentes, ovos, pegadas e fezes de dinossauros no Brasil, sendo que as principais regiões de sítios paleontológicos são localizadas nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
O Brasil se revelou território de várias espécies de dinossauros, é bem possível que espécies que viveram na Argentina, mas ainda não encontradas no Brasil, tenham vivido aqui também. A proximidade das duas regiões permitia o deslocamento dos animais, talvez seja uma questão de tempo apenas para encontrá-los.
Entre os primitivos Dinossauros do Brasil aparecem ocorrências de sauropodomorfos. Os fósseis apontam para a existência de criaturas semelhantes aos animais que viveram na América do Norte e Ásia, mesmo sem ocorrer um parentesco direto. A quantidade de ossos encontrados releva que o Brasil era mesmo abundante em saurópodes, especialmente do grupo dos titanosaurídeos. Destaca-se também a ocorrência considerável de pterossauros. Mas além dessas duas últimas espécies, as mais notáveis no país, aparecem ainda os espinossaurídeos, ornitomimossaurídeos, iguanodontídeos, ornitópodes, estegossaurídeos, carnossauros e possivelmente ceratopsianos.
Recentemente, o Brasil apresentou uma importante descoberta paleontológica, o Santanaraptor. Este dinossauro carnívoro viveu na região que hoje é o Ceará há cerca de 110 milhões de anos, aparentemente integrou a linhagem que deu origem ao famoso Tiranossauro da América do Norte. Foram descobertos ossos e componentes de tecidos “moles” como vasos sanguíneos, pele e fibras musculares, o que é raro na paleontologia. Também foi apresentado um gigante dinossauro carnívoro com sete metros de altura, localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O animal que viveu há 80 milhões de anos foi catalogado como um dos maiores predadores de todos os tempos e recebeu o apelido de Rondon II, em homenagem ao Marechal Cândido Rondon.
Fontes:
http://www.achetudoeregiao.com.br/dinossauros/dinos_do_brasil.htm
http://ig.unb.br/sigep/sitio026/sitio026.htm
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=20&sid=9
CRISTINA, Lana; FRANÇA, Henert; SANTUCCI, Rodrigo; RIBEIRO, Claudia Maria Magalhães. Dinossauros do Brasil. Agência Brasil.

Paleociência na Escola: Intinerância e Aprendizagem

A Paleontologia é a ciência que estuda restos e vestígios de animais ou vegetais pré-históricos (fósseis)com o objetivo de conhecer a vida do passado geológico sob vários aspectos e obter dados para outras ciências.
Esta ciência pode ser considerada como história porque possui seus estudos baseados em eventos geológicos pretéritos e os processos evolutivos ocorridos no mundo biológico. Desta forma, o ensino desta área é de grande importância, pois elucida aspectos biológicos do presente a partir da compreensão dos fósseis que representam organismos que viveram no passado geológico , auxiliam na compreensão de processos ecológicos e colabora na formação de estudantes que valorizem todas as formas de vidas atuais e reconheçam a importância dos organismos que um dia habitaram este Planeta.